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31 outubro 2017 | 11h00

Educador Nota 10 2017: vitória da diversidade

Com mais de 5 mil concorrentes, premiação registrou um crescimento de 20% nas inscrições

Soluções criativas e ampla diversidade foram a tônica dos ganhadores do Prêmio Educador Nota 10 2017, entregue em outubro. Exemplos são a creche que aboliu os berços, transformando o espaço e permitindo uma interação mais livre entre os bebês e o ambiente; o professor que utiliza a Bíblia para realizar discussões históricas bem embasadas; e o projeto que investiga como a sexualidade é expressa no espaço geográfico, debatendo se questões de gênero provocam ou não segregações espaciais. 

Maior e mais importante premiação da educação básica brasileira, o Prêmio Educador Nota 10 foi criado em 1998 e é realizado pela Fundação Victor Civita em parceria com a Fundação Roberto Marinho, apoio da Associação Nova Escola e patrocínio da Fundação Lemann, do grupo Somos Educação e da Faber-Castell.

Milhares de educadores — de professores da educação infantil ao ensino médio, passando por coordenadores e gestores escolares —, de escolas públicas e privadas, inscrevem seu trabalho a cada edição em diferentes áreas de conhecimento.

Uma comissão selecionadora, composta por profissionais da educação, analisa todos os trabalhos, selecionando 50 finalistas. Entre eles, são escolhidos os dez Educadores Nota 10 e, entre os dez, o Educador do Ano. Em 19 edições, o prêmio foi dado a 211 educadores, somando aproximadamente R$ 2,5 milhões em prêmios. Em 2017, foram 5006 educadores inscritos, um crescimento de 20% em relação ao ano anterior.

Inspiração amazônica

A noite mais esperada do ano para os vencedores foi 30 de outubro, em que a entrega dos prêmios aconteceu na Sala São Paulo, na capital paulista, junto com a revelação do Educador do Ano. A professora Elisângela Dell-Armelina Suruí, de Rondônia, foi reconhecida como Educadora do Ano por seu inspirador projeto de alfabetização em idioma indígena.

Os alunos da classe multisseriada de 1º a 5º ano da EIEEFM Sertanista Francisco Meireles, na cidade de Cacoal (RO), falam Paiter Suruí, mas tinham tanta dificuldade para escrever nesse idioma quanto para entender os materiais didáticos em língua portuguesa.

Elisângela Dell-Armelina Suruí
Elisângela Dell-Armelina Suruí A solução encontrada pela professora foi preparar, em conjunto com os alunos, um caderno de atividades de escrita e leitura na língua materna, estabelecendo relações com a língua portuguesa e com a de sinais, já que existem muitos surdos entre o Povo Paiter.

Levando em conta sua turma multisseriada, a professora organizou os conteúdos para que todos pudessem trabalhar de acordo com seus saberes, potencializando as possibilidades dos alunos mais velhos e dando espaço para a ação dos mais novos.  Clique aqui para conhecer mais detalhes do projeto em matéria da Nova Escola.

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